domingo, 9 de maio de 2010

Porque Jornalismo?

Há dois anos decidi que faria outra graduação. Algo parecido com promessa de fim de ano... Estudar sempre foi minha maior paixão e retornar a faculdade parecia algo lógico. Mas que curso fazer?

Fiz Magistério. Tenho Licenciatura Plena em História, disciplina pela qual sou totalmente apaixonada. Terminando a faculdade, comecei a trabalhar com Ensino Fundamental, nível I, e por conta disso fiz duas especializações Lato Sensu, a primeira em Alfabetização e a outra em Pedagogia da Inclusão, confesso que não gostei muito dessa. Ensinar é algo muito gratificante, amo o que faço, mas esse mundo começou a ficar pequeno demais para mim. De repente me vi, com quase trinta anos, com estabilidade profissional e financeira e... insatisfeita. Eu queria mais.

A opção lógica aos profissionais na minha área de atuação, seria fazer Pedagogia, com ênfase em Gestão Escolar, ao menos é o que todas as professoras que conheço fazem ao optar por uma segunda graduação. Mas esse curso é muito chato! Além disso, a parte de Gestão não me encanta em nada, assim como a Coordenação Pedagógica. Meu negócio é estar onde as pessoas estão e não numa sala isolada, lendo relatório.

Decidi que faria algo que não estivesse ligado a Educação. Essa segunda faculdade seria por puro prazer. A princípio pensei em cursar Turismo ou Fotografia. Turismo por que adoro viajar, criar roteiros, procurar lugares interessantes, colocar meia dúzia de coisas dentro de uma mochila e ir... Mas quando tentei me ver como guia turística, foi um desastre, ficava pensando nos guias made in CVC, com aquele uniforme amarelo gema e piadinhas prontas. Não conseguia me sentir guia.

Fotografia é um hobbie que cultivo há alguns anos, gosto muito da parte de edição de imagem, criação de álbuns e até sei uma coisinha ou outra. Visualizei-me fotógrafa, a primeira imagem que me veio à cabeça foi festa de aniversário de criança. Não preciso dizer que desanimei, afinal por que transformar em tortura algo que me dá prazer?

Direito, Web designer, engenharia mecatrônica... Uma a uma fui descartando curso atrás de curso. Eu procurava algo que estivesse escrito meu nome em letras garrafais neon rosa.
Foi quando me deparei com Jornalismo e comecei a pensar na ideia, a pesquisar sobre o assunto, as possibilidades eram infinitas, um leque de opções ali, ao meu dispor. Foi então que comecei a me ver Jornalista, e parecia que sempre tinha sido assim. Gosto de escrever e apesar de não ter experiência com texto jornalístico escrevo razoavelmente bem; gosto de ler, adoro pesquisar, descobrir coisas, tento sempre me interar sobre qualquer assunto que me interessa antes de falar sobre ele, além disso, sou uma ótima ouvinte, não sei exatamente por que, mas as pessoas se abrem comigo.

Não sei ainda se é isso mesmo, não tenho certeza de muitas coisas na verdade, mas pensar em tudo que posso fazer me empolga, algo que estava faltando no meu dia a dia. Espero tudo desta profissão, o que é bom e o que é ruim, afinal nem tudo são flores, e é exatamente isso que faz a diferença no final.

Não quero mudar o mundo ou as pessoas, seria pretensão demais, além disso, ninguém tem esse poder, as mudanças são opções individuais, se escolhe mudar uma postura ou não. O que posso fazer é oferecer ferramentas para que essa mudança aconteça. É isso que espero fazer enquanto jornalista.

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