terça-feira, 8 de março de 2011

E veio de novo... num repente... Aquela sensação de perda, um buraco. Ele pensou no que poderia ter feito de tão ruim, pois todos os aqueles com quem havia um dia se importado, um dia  amado, simplesmente sumiam na neblina.

E então entendeu que seu destino, por mais triste, talvez fosse ser sozinho. Mas naquele momento, não tinha forças, sequer para erguer a cabeça e encaram a vida que se descortinava a sua frente. Sentiu-se sem vontade de seguir adiante, pois havia tido um breve vislumbre do futuro, e esse futuro não era bom. Ela não estava ao seu lado.

Por mais que soubesse que o mundo continuaria, não se sentia capaz de acompanhá-lo, não sem ela. Não de novo, mesmo depois de tanto tempo. Não quando ainda, ao ouvir aquela música, a mesma que os embalara por tantas noites, aquela que ela lhe havia apresentado e sussurrado em seu ouvido, ainda lhe arrancava lágrima traiçoeiras. Então toda força se foi, não tinha mais nada... Por que não pediu que ficasse, que não o abandonasse? Por que não confessou que a amava? Por que havia deixado-a partir, se sabia que não poderia viver sem ela?

Nada disso importava mais. Está era sua última noite sozinho... Sucumbira...