domingo, 9 de maio de 2010

Carta para meus pais - Parte I

Fico tentando imaginar como foi o começo de tudo, como é que funciona duas pessoas um dia se olharem, se apaixonarem e decidirem que será para a vida toda...
Gosto de pensar que foi amor a primeira vista, em meio as brincadeiras de criança e, talvez, sem se dar conta do que era na verdade; minha mãe fala que não: “ Eu nem gostava dele, metido, exibido!!!” Duvido!!! Ela toda brava, “eita bichinha ruim” como diz meu pai, quando lembra esses tempos; dando ordem para todo mundo, colocando a bagunça no lugar. Ele todo faceiro, metido a galã de novela, com cabelão e direito a costeletas, última moda! Opostos, totalmente, mas se a regra de que os opostos se atraem é verdade, aqui se faz a prova... A principio amor de adolescente, mas que foi se chegando, se firmando e foi ficando, ficando... Quem diria que daria nisso?!?!?!?
As vezes brincamos com meu pai, até hoje uma das melhores pessoas que conheci: “Como você agüenta essa velhinha??? TRINTA anos já!!!!!” E é só risada. Ele nunca respondeu, minha mãe também não, uma mulher forte, que não teme desafios, ao mesmo tempo frágil e protetora, mas não precisa, a gente já sabe, nós três, eu e meus irmãos, vemos e sentimos essa resposta todos os dias: AMOR. E no fim eles nem eram tão opostos assim.

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