sábado, 9 de outubro de 2010

SERENATA


Dobrou a esquina e seguiu direto ao seu destino antes que a coragem o abandonasse. Há dias vinha ensaiando e não podia esmorecer agora. No fim da rua, dois rapazes com olhos miúdos de sono. Já era tarde.


Olhou para a Lua, procurando pela inspiração quase perdida. Qual não foi sua surpresa, ao descobrir que esta se escondeu atrás das nuvens. Se nem a mãe dos amantes estava por ele, como prosseguir?


Quando deu por si, já estava a porta dela. Violão em punho. Coração aos pulos. Suspirou. Deu meia volta e fugiu.


Na janela, um par de olhos afugentava uma lágrima.


Texto escrito na avaliação de Comunicação e Expressão

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