Foi quando minha história se cruzou com tantas outras histórias e construímos, juntos, mais um pedacinho dela...
Era uma vez um porto. Dizia se que era um porto seguro. Diziam também que naquele lugar é que toda a história teria começado. Isso era mentira.
Certa vez, várias pessoas foram ao mesmo tempo para o porto. Elas eram muito diferente entre si: algumas pessoas chegaram sós, outras levaram outras consigo, mas achavam que não tinham nada em comum, mesmo assim, elas estavam todas ali. Olharam-se, mediram-se, isolaram-se, compartilharam o mesmo espaço por dias a fio. Foi então que algo incrível aconteceu: suas histórias se cruzaram com tantas outras histórias. E, de repente, eles a estavam escrevendo juntos.


Sem que ao menos se dessem conta disso, tudo mudou. Não estavam apenas vivendo no mesmo espaço, o estavam compartilhando. Passaram a importar-se uns com os outros. Mães se encontraram com outras esposas, que encontraram-se com filhos de outras mulheres, que se encontraram com outros irmãos e estavam felizes assim. Mas um certo sentimento de tristeza pairava sobre tudo: todos sabiam que nada daquilo iria durar. Mas mesmo assim, durante aqueles parcos dias tiveram momentos de sincera felicidade.
Conversas à beira da piscina, confissões ao pé da mesa. Sonhos e dores compartilhadas, noites em um hospital, a procura por algo que os ajudasse a guardar na memória o que estavam vivendo naquele momento. Havia os que confraternizavam ao som de músicas estranhas, outros se sacudiam freneticamente, já alguns procuravam os refúgios mais calmos do local. E foi assim, naturalmente, que velhos amigos tornaram-se mais amigos e que novas amizades tornaram-se importantes, laços foram criados e os antigos se fortaleceram...
Conversas à beira da piscina, confissões ao pé da mesa. Sonhos e dores compartilhadas, noites em um hospital, a procura por algo que os ajudasse a guardar na memória o que estavam vivendo naquele momento. Havia os que confraternizavam ao som de músicas estranhas, outros se sacudiam freneticamente, já alguns procuravam os refúgios mais calmos do local. E foi assim, naturalmente, que velhos amigos tornaram-se mais amigos e que novas amizades tornaram-se importantes, laços foram criados e os antigos se fortaleceram...

Como explicar que em tão pouco tempo algumas pessoas invadem nossas vidas, durante aquele período se tornam tão importantes e depois viramos as costas e vamos embora sem nem olhar para trás? Será que realmente não somos uma ilha?